Pode parecer assustador para um professor ter um aluno com hemofilia, mas a informação é o melhor instrumento para evitar que a criança seja colocada em situações de risco.
O fundamental é que a equipe da escola mantenha um relacionamento positivo e aberto com os pais da criança, de modo a compreender quais são os cuidados que devem ser tomados com ela, considerando preliminarmente que ela pode e deve seguir um ensino padronizado.
Um sangramento externo é facilmente detectado. No entanto, os mais comuns são os sangramentos internos, como os que ocorrem nas articulações e músculos.
Alguns sinais que podem indicar o início de um sangramento articular ou muscular, em geral, não são percebidos pelas crianças. Elas desenvolvem a autopercepção e autoconsciência corporal durante a infância e só na pré-adolescência, em geral, são capazes de identificar sozinhas os sinais de um sangramento. No entanto, existem sinais externos que a criança demonstra que podem indicar um sangramento interno. São eles:
- Quando a criança caminha de modo diferente, mancando ou pisando torto;
- Quando a criança poupa alguma parte do corpo, como mão ou braço, evitando usá-los normalmente;
- Quando a criança apresenta dificuldade de dobrar ou de esticar um dos braços ou pernas;
- Se há algum músculo ou articulação contraído ou inchado e se este membro está dolorido ou de difícil movimentação;
- Se há inchaço ou manchas roxas na pele em alguma parte do corpo.
Dificilmente se enxergam manchas roxas no sangramento muscular ou articular, porque são mais profundos que o sangramento subcutâneo. No entanto, são sangramentos que necessitam de mais cuidados e atenção. Por isso, estes comportamentos descritos acima devem ser observados e comunicados aos pais.