O que fazer quando a criança sangrar

Abraphem - O que fazer quando a criança sangrar - image 2

Uma criança com hemofilia na escola deve receber o mesmo tratamento e atenção que as demais crianças, mas precisa de alguns cuidados adicionais, que variam de acordo com cada situação:

Pequenos cortes ou hematomas: se os ferimentos ou hematomas forem pequenos, em geral não há necessidade de reposição de fator. Um curativo compressivo e uma compressa de gelo por 15 a 20 minutos – envolvendo o gelo com um tecido, para não lesionar a pele – resolverão o problema. Se não houver melhora, contate os pais para que procurem o médico.

Sangramento no nariz: Em sangramentos nasais, as primeiras medidas são abaixar a cabeça em direção ao tórax para que a criança não engula o sangue, fazer compressão na narina do lado ferido e colocar compressa de gelo na testa, envolvendo o gelo com um tecido, para não lesionar a pele. O uso de antifibrinolítico, como ácido tranexâmico, pode ajudar na hemostasia. Se não houver melhora, há necessidade de reposição de fator.

Sangramento na boca: comuns em crianças, que podem ferir os lábios ou a mucosa da boca no caso de quedas acidentais; pode também haver ruptura do frênulo da língua ou lábios. Nesses casos, há necessidade de reposição de fator, principalmente em crianças pequenas, pela perda excessiva de sangue. Também pode ser necessária a realização de sutura ou outros cuidados locais. Os pais devem ser contatados imediatamente.

Hematúria: é o sangramento de vias urinárias. Precisa de avaliação médica para conduta adequada. Em geral, não é um sangramento grave e nem sempre necessita de reposição de fator, mas é preciso investigar a causa. Recomenda-se hidratação intensa, repouso e analgésicos, uma vez que pode haver dor pela possibilidade de formação de pequenos coágulos. O uso de antifibrinolítico, como o ácido tranexâmico, está contraindicado. Os pais devem ser contatados para que consultem o médico.

Sangramentos moderados: caso ocorram em articulações e músculos, é necessária a reposição de fator o mais rápido possível, entre duas e seis horas, de forma a reduzir sangramento, dor, edema e o dano local, permitindo um retorno mais rápido às atividades normais. Os pais devem ser contatados e deve-se fazer compressas com gelo no local.

Caso a criança esteja com um sangramento articular ou muscular, mas já tenha vindo medicada de casa, ela deverá manter certo repouso do membro afetado pelo sangramento por alguns dias. Neste caso, caberá à escola propor atividades que substituam a educação física, se neste dia esta atividade estiver prevista, de modo a ocupar a criança, sem fazê-la se sentir à margem do grupo.

LEIA TAMBÉM