Vias de Administração das Vacinas

VACINAS COM VIA DE ADMINISTRAÇÃO ORAL (VO)

São vacinas dadas pela boca, em gotas. A vacina mais famosa administrada por essa via é a da poliomielite oral (VOP), contra paralisia infantil, também chamada Sabin. Ficaram famosas as campanhas de vacinação contra essa doença que tinham o Zé Gotinha como personagem principal.

Outras vacinas feitas com vírus atenuados com administração por via oral são a do rota-vírus e as novas vacinas contra cólera e febre tifoide.

VACINAS PELA VIA DE ADMINISTRAÇÃO INTRADÉRMICA (ID)

A aplicação intradermica é uma técnica menos comum, em que a vacina á aplicada sob a pele, porém sem atingir a camada subcutânea ou muscular.

A principal vacina com administração por essa via é a BCG. É composta pelo bacilo de Calmette-Guérin, obtido pela atenuação (enfraquecimento) de uma das bactérias que causam a tuberculose. O esquema de vacinação corresponde à dose única ao nascer, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda na maternidade.

Segundo o Ministério da Saúde, a administração da vacina é feita na região do músculo deltoide (braço) direito. O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em avaliações da atividade de vacinação.

Ainda que a formação de cicatriz seja esperada, a Organização Mundial da Saúde aponta que a ausência da cicatriz de BCG após a administração da vacina não é indicativo de ausência de proteção.

VACINAS PELA VIA SUBCUTÂNEA (SC)

A via subcutânea é a segunda via mais comum de aplicação de vacinas. Consiste na administração da vacina na camada imediatamente acima do músculo, portanto mais superficialmente do que na aplicação intramuscular.

Aplica-se geralmente na face externa superior do braço (região do tríceps, em adultos) ou face anterior da coxa, em bebês ou crianças. Vacinas aplicadas por essa via incluem a febre amarela, varicela (catapora), tríplice viral (SRC) e a tetra-viral (SRC-V).

VACINAS PELA VIA INTRAMUSCULAR (IM)

Esta é a via de administração mais comum de vacinas. Trata-se de uma injeção mais profunda, que atinge a camada muscular. Em crianças geralmente aplica-se no músculo lateral da coxa. Em adultos e crianças maiores aplica-se na região do deltoide ou glúteo.

Vacinas aplicadas por essa via incluem a Hepatite B e A, HIB, HPV, influenza, a poliomielite inativada (VIP), tríplice bacteriana (DTP), dupla (DT), penta-valente, pneumocócica e a meningocócica.

Um ponto de atenção neste caso é que nem todas as vacinas aplicadas por via IM podem ser aplicadas no deltoide e no glúteo. Um exemplo é a vacina da gripe, a qual não se recomenda ser aplicada no glúteo, mas apenas no deltoide (braço) ou músculo lateral da coxa (crianças). A fim de contornar esse risco de erro e dar segurança ao profissional de saúde que pode indicar automaticamente a melhor via e local de aplicação para cada vacina selecionada.

Para pessoas que possuem distúrbios de coagulação a via de administração subcutânea é a ideal mas nem todas podem ser administradas desta forma.

Lembre-se sempre de conversar com o seu médico hematologista antes de tomar vacinas com via administração intramuscular para obter as orientações necessárias para se ter segurança nesse procedimento.

No caso de Injeções intramusculares, estas não devem ser aplicadas em pessoas com doenças de coagulação.