O papel do Assistente Social

O papel do Assistente Social em um Centro de Tratamento de Hemofilia (CTH) é de suma importância, pois esse profissional atua no âmbito das políticas sociais e públicas, visando garantir o acesso aos direitos fundamentais das pessoas, como saúde, educação, previdência social, habitação e trabalho. A atuação do Assistente Social é crucial para amparar aqueles que enfrentam dificuldades em alcançar plenamente sua cidadania, auxiliando na resolução de questões relacionadas à saúde e contribuindo para o bem-estar físico, psicológico e social.

No contexto específico do CTH, o Assistente Social desempenha um papel essencial ao estabelecer contato direto com os pacientes, proporcionando um serviço de atendimento também aos seus familiares. Essa interação vai além de aspectos meramente burocráticos, assumindo um caráter humanizador no ambiente de tratamento. O profissional não apenas orienta e acompanha as pessoas afetadas pela hemofilia, mas também desenvolve programas de assistência direcionados a públicos específicos, como aqueles que enfrentam coagulopatias.

Dentro desse contexto, as pessoas com coagulopatias, devido à natureza crônica de sua condição, muitas vezes enfrentam uma variedade de problemas e preocupações singulares. O Assistente Social, ao compreender as complexidades associadas a essa condição de saúde, desempenha um papel fundamental na mitigação desses desafios, visando melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Além disso, o profissional também se dedica a lidar com as implicações emocionais e sociais que a hemofilia pode acarretar, reconhecendo que esses fatores têm impacto não apenas na vida do paciente, mas também na dinâmica familiar.

Dessa forma, o Assistente Social no CTH não apenas oferece suporte prático, mas também desempenha um papel significativo na construção de uma rede de apoio emocional e social para pacientes e suas famílias. Sua abordagem holística contribui para a promoção de uma melhor qualidade de vida e para a construção de comunidades mais resilientes no enfrentamento das complexidades associadas à hemofilia.

Os assistentes sociais podem ajudar a resolver os seguintes problemas:

Recursos comunitários e financeiros

  • Fornecer assistência para o transporte até o CTH ou outro local de tratamento, orientando sobre a utilização de direitos legais, como o passe livre, o TFD  – Transporte Fora de Domicílio e outros.
  • Orientar e encaminhar os pacientes para locais de hospedagem, quando necessário, e disponibilizar informações sobre recursos úteis da comunidade. 
  • Gerenciar casos e coordenar cuidados específicos, como por exemplo, serviços para crianças localizadas em orfanatos ou casas de família.
  • Viabilizar o acesso a recursos de assistência financeira como o Auxílio Doença, o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o saque do FGTS, PIS/PASEP, aposentadoria por invalidez e outros.
  • Orientar o paciente quanto à obtenção de condições para tratamento em estado diferente de seu estado de origem, caso precise de um procedimento que não esteja disponível no mesmo (CNRAC).
  • Orientar os pacientes em relação à isenção de impostos na compra de veículos, caso o paciente tenha artropatia comprovada.

Escola e trabalho

  • Facilitar o acesso do paciente à Lei de Diretrizes e Bases, que garante ao aluno com doença crônica ou necessidades especiais, receber em casa o conteúdo relativo ao seu grau de formação quando internado ou em repouso domiciliar.
  • Ajudar as famílias a compreenderem os tipos de atividades e empregos mais adequados para uma pessoa com artropatias resultantes de um distúrbio hemorrágico, reduzindo o estresse nas articulações e mantendo-as saudáveis.
  • Fornecer assistência com questões ocupacionais, como licença médica ou mudanças de emprego devido a restrições médicas.

Aconselhamento

  • Oferecer apoio emocional e prático aos pacientes e suas famílias no momento do diagnóstico de um distúrbio hemorrágico.
  • Prover aconselhamento de apoio e intervenções para eventos como o treinamento para infusão domiciliar e outros. 
  • Encaminhar os pacientes e familiares ao psicólogo em sua comunidade local, quando necessário.

Suporte público

  • Fornecer orientações e apoio na escola sobre como tratar uma criança com distúrbios hemorrágicos. 
  • Direcionar os profissionais de saúde não familiarizados com a coagulopatias sobre as necessidades específicas destes pacientes em seus tratamentos.
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