A equipe multiprofissional interdisciplinar

A hemofilia, a doença de VonWillebrand  e as demais coagulopatias são transtornos complexos, que alteram diversos sistemas fisiológicos das pessoas e, por isto, exigem cuidados integrais, administrados de maneira coordenada por uma equipe de profissionais de diversas áreas, que devem trabalhar de forma integrada ou interdisciplinar.

Uma equipe multiprofissional completa é composta pelos seguintes profissionais: hematologista, hematopediatra, enfermeiro, fisioterapeuta, assistente social, psicólogo, ortopedista, dentista e farmacêutico.

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Esta equipe de profissionais deve estar presente nos Hemocentros e Centros de Tratamento de Hemofilia para fornecer o tratamento adequado, visando a saúde integral do paciente, assim como auxiliando no tratamento das questões psicológicas e sociais que podem ser afetadas pela coagulopatia e provendo as informações necessárias para melhoria de sua qualidade de vida.  Entende-se por saúde integral:

  1. o tratamento hematológico, que envolve o tratamento dos episódios hemorrágicos, o tratamento profilático e a orientação dos cuidados em casos de sangramentos e emergências;
  2. o tratamento de reparação dos danos articulares e musculares;
  3. o tratamentos das infecções adquiridas por produtos que não possuíam inativação viral durante as décadas de 80 e 90 (HCV, HBC e HIV);
  4. o tratamento odontológico;
  5. orientações e acompanhamento sobre exercícios físicos e práticas esportivas;
  6. orientações sobre os benefícios assistenciais aos quais os pacientes têm direito;
  7. psicoeducação e indicação para acompanhamento psicológico/psicoterápico ou atendimento psicoterapêutico breve, quando necessário.

Alguns destes cuidados, em determinada medida, devem ser estendidos aos familiares, bem como as orientações quanto ao tratamento e cuidados específicos que os familiares devem ter com a pessoa com uma desordem hemorrágica.

Segundo o Relatório de Auditoria TC nº 016.415/2006-5 Ação de Atenção aos Pacientes Portadores de Coagulopatias, do Tribunal de Contas da União, “além do fornecimento do medicamento ao paciente, a hemorrede pública estadual deve disponibilizar estrutura de atenção multidisciplinar, vez que essa doença pode alterar diversos sistemas fisiológicos do indivíduo, impondo acompanhamento clínico de maior complexidade em seu tratamento, bem como apoio psicológico e assistencial. Adicionalmente, tem-se no exame laboratorial uma importante ferramenta para diagnosticar os diferentes distúrbios de coagulação e sua gravidade.” Portanto, a presença de  equipe multiprofissional e laboratório nos CTHs  é uma determinação do Tribunal de Contas da União.

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